A existência de um plano criminoso com o
objetivo de assassinar agentes penitenciários que atuam no Complexo Penal de
Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), está sendo investigado
pelas autoridades.
A ordem pode ter sido dada por chefes de
facções criminosas insatisfeitos com a atuação forte dos agentes nas Casas de
Privação Provisória da Liberdade (as CPPLs), após a mega-rebelião em maio, que
deixou 14 mortos e todos os presídios completamente destruídos.
Na tarde de quinta-feira, 13, durante uma
varredura em busca de armas, drogas e telefones celulares nas celas e vivências
de uma das unidades, a Casa de Privação Provisória da Liberdade Agente Elias
Alves da Silva, a CPPL 4, os agentes penitenciários acabaram encontrado aquilo
que pode se tornar uma prova do plano dos criminosos.
Fotografias de vários agentes penitenciários
que atuam no Complexo de Itatinga estavam armazenadas na memória de um celular
encontrado dentro de uma das celas. As imagens são de agentes que já estariam
sob ameaças de presos daquela unidade carcerária.
A Secretaria Estadual da Justiça e da
Cidadania (Sejus), responsável pela administração do Sistema Penitenciário do
Ceará, não se pronunciou, ainda, sobre o caso. Contudo, o setor de Inteligência
do órgão já havia recebido informações concretas acerca de ameaças a alguns
servidores da Pasta.
MORTES E DESTRUIÇÃO
Desde maio, a Sejus iniciou um processo de
reconstrução dos prédios e retomada da disciplina nos presídios, que estavam
literalmente sob o domínio dos presos. Criminosos ligados às facções PCC
(Primeiro Comando da Capital), do C.V. (Comando Vermelho) e da FDN (Família do
Nordeste), passaram a dar as ordens nestas unidades e teriam sido os
responsáveis por ter ordenado as 14 mortes que ocorreram durante a rebelião.
De lá para cá, outras execuções sumárias
foram registradas. A mais recente, aconteceu na Casa de Privação Provisória das
Liberdade Professor Jucá Neto, a CPPL 3. Na madrugada do último dia 2, quatro
detentos que estavam recolhidos na área de Isolamento, foram espancados e
esfaqueados até a morte por presos que estavam em uma das Vivências.
Os quatro homens mortos foram identificados
como: Michel Ildefonso da Silva, Evando Macedo Vieira, Demontier Ferreira dos Santos
e Françueldo Pereira de Sousa. Todos eram acusados de crimes de assaltos
(roubos), homicídios, latrocínios e tráfico de drogas.
Fonte: Blog 1poquimdicada
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