Dois
dias após os terremotos que atingiram a região central da Itália, a terra ainda
não parou de tremer no país. Segundo dados do Instituto Nacional de Geofísica e
Vulcanologia (INGV), foram registradas mais de 100 réplicas no território na
madrugada e manhã desta sexta-feira (28). A mais forte foi de 3,5 graus na
escala Richter às 4h13 (00h13 no horário de Brasília).
Mais
de quatro mil pessoas continuam desabrigadas na província de Macerata e estão
hospedadas em estruturas provisórias, estádios esportivos e algumas tendas.
Alguns daqueles que perderam suas casas já foram transferidos para hotéis da
cidade de Visso, onde deve ser o destino de mais desabrigados. As escolas
também permanecerão fechadas até o dia 31 de outubro.
Segundo
o presidente do INGV, Carlo Doglioni, a região central do país se tornou
"mais instável" nos últimos anos e novos terremotos de grande
magnitude não estão descartados.
TERREMOTOS EM SÉRIE
"Quando
ocorre um evento importante, é mais fácil que outro ocorra em breve. Neste
sentido, Amatrice é filho de Áquila e os terremotos de quarta-feira são filhos
de Amatrice", disse Doglioni ao jornal La Reppublica.
O
especialista se referia aos dois maiores sismas registrados na Itália nos
últimos sete anos. Áquila registrou um tremor de 6,3 graus na escala Richter no
dia 6 de abril de 2009 após dias com sismos menores. Naquela tragédia, 309
pessoas perderam a vida, 1,6 mil ficaram feridos e mais de 70 mil pessoas
ficaram desabrigadas.
Já
Amatrice foi a principal cidade atingida pelo terremoto do dia 24 de agosto
deste ano, que deixou 298 mortos, e destruiu tanto a pequena comuna italiana
como as cidades de Accumoli e Arquata del Tronto. Naquele dia, houve um abalo
sísmico de 6 graus de magnitude. Os dois terremotos registrados na quarta-feira
(26), de 5,4 e 5,9 graus, não causaram vítimas fatais ou feridos graves, mas
destruíram pequenas comunas italianas, especialmente Castelsantangelo sul Nero,
Ussita e Visso.
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