Um
ano depois de a operadora ter sido retirada definitivamente do mercado, menos
de um quarto dos mais de dois mil processos trabalhistas foram encaminhados.
Milhares de ex-funcionários, médicos e fornecedores continuam sem receber.
Era
setembro de 2015 quando veio a notícia inesperada. A Agência Nacional de Saúde
determinou que todos os clientes da Unimed Paulistana fossem transferidos
para outros convênios.
De
lá pra cá, a CBN ouviu inúmeras histórias de médicos, ex-funcionários e
fornecedores que tinham contratos com a Unimed Paulistana e ficaram a ver
navios. ‘Parace um filme de terror que não acaba’, ‘não sabemos o que pode
acontecer com a clínica’, ‘os médicos perderam a esperança de receber’ e ‘não
tenho previsão de outro emprego’ foram algumas das frases ouvidas.
O
último ato, a liquidação final da operadora de saúde que tinha mais de 700 mil
clientes, completa um ano nesta quarta-feira.
De
lá pra cá, foram mais de 2 mil processos trabalhistas em São Paulo. Desde junho
do ano passado, a Justiça do Trabalho ainda não conseguiu conferir nem um
quarto dos valores para o pagamento com dados do Ministério do Trabalho e da
Caixa Econômica Federal.
Dos
R$ 134 milhões bloqueados e reservados das antigas contas da Unimed Paulistana
para pagar os funcionários, apenas R$ 3 milhões foram liberados. O valor
representa menos de 2,5% do total.
A
demora angustia funcionários demitidos sem justa causa, como Maria Lucia Senne,
que era analista de contas médicas da Unimed Paulistana e precisa receber mais
de R$ 10 mil. ‘A indignação maior é saber que tem o dinheiro reservado e devido
à morosidade da Justiça não recebemos’.
Médicos
e laboratórios que prestaram serviços para a operadora continuam na mesma
situação: não receberam nada. Fabiano Fabri foi o advogado contratado pela
Agência Nacional de Saúde Suplementar para fazer o trabalho de levantar dívidas
e recursos da operadora. Ainda não há previsão de um resultado final.
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