Sábado dia 03.06.2017
A
situação do ex-governador Cid Gomes (PDT) no âmbito da Operação Lava Jato está
cada vez mais complicada. Os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS,
entregaram, no acordo de delação premiada, imagens do circuito interno de
monitoramento da empresa comprovando a ida de Cid à sede da empresa, em São
Paulo, para negociar propina.
Wesley
Batista afirmou, na delação, que, em 2014, o então governador foi à sede da JBS
em São Paulo negociar propina para financiar campanhas do seu grupo político.
Durante o encontro, o empresário afirmou que não poderia “contribuir”, pois o
Estado do Ceará estava devendo, em créditos retidos do ICMS, cerca de R$ 110
milhões à empresa. Cid respondeu que iria resolver o caso e deixou o local.
Duas
semanas depois, ainda segundo Wesley, os operadores do ex-governador no
esquema, Arialdo Pinho e Antonio Balhmann, voltaram à sede da empresa afirmando
que os R$ 110 milhões só seriam liberados caso a JBS pagasse R$ 20 milhões. O
negócio foi fechado, e toda a movimentação foi filmada pelas câmaras do
circuito interno de monitoramento.
Além
das gravações, os donos da JBS entregaram ainda as notas frias usadas para
repassar cerca de R$ 9,8 milhões em caixa dois. Segundo Wesley, dos R$ 20
milhões, R$ 10,2 milhões foram repassados através de doações oficiais e o
restante – R$ 9,8 milhões – foram pagos através de um esquema de notas frias
envolvendo empresas também citadas na delação.
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