Bolsonaro
aparece em primeiro lugar no principal cenário sem Lula, com 18%. Ele
supera Marina
Silva (Rede), Ciro
Gomes (PDT), Geraldo
Alckmin(PSDB) e Luciano
Huck (sem partido).
Em uma possível corrida presidencial sem Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), quatro candidatos disputariam uma vaga no segundo
turno contra Jair Bolsonaro (PSC),
de acordo com a primeira pesquisa do Datafolha após a condenação do petista em
segunda instância.
Levantamento
realizado na segunda (29) e na terça (30) mostra que o ex-presidente manteve
vantagem sobre os rivais, com até 37% das intenções de voto. Seu eleitorado,
porém, se pulveriza e a briga tende a se tornar acirrada caso ele seja barrado
com base na Lei da Ficha Limpa.
Bolsonaro aparece em primeiro lugar no
principal cenário sem Lula, com 18%. Ele supera Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin(PSDB)
e Luciano Huck (sem
partido).
Marina
lidera o segundo pelotão, com 13%. Ciro (10%), Alckmin (8%) e Huck (8%) estão
tecnicamente empatados.
O
Datafolha fez 2.826 entrevistas em 174 municípios. A margem de erro é de dois
pontos para mais ou menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior
Eleitoral com o número BR 05351/2018.
Apesar de
liderar a corrida sem Lula, Bolsonaro parou de crescer. Ele oscilou
negativamente em todos os quadros apresentados na pesquisa, em comparação com o
levantamento de novembro.
No início de janeiro, reportagens da Folha revelaram
que o patrimônio de Bolsonaro e de sua família se multiplicou depois que ele
entrou na política, e que o deputado recebe auxílio-moradia da
Câmara apesar de ser dono de apartamento em Brasília.
As
intenções de voto do deputado também ficaram estáveis nas simulações de segundo
turno. Ele seria derrotado tanto pelo ex-presidente Lula (49% a 32%) quanto
pela ex-senadora Marina Silva (42% a 32%).
A
pesquisa indica ainda que o ex-presidente Lula conserva força eleitoral mesmo condenado a
12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo
TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).
O petista
lidera o primeiro turno em todos os cenários em que seu nome é colocado, com
percentuais que variam de 34% a 37%. No segundo turno, venceria Alckmin (49% a
30%) e Marina (47% a 32%), além de Bolsonaro.
A
condenação de Lula pode torná-lo inelegível, mas sua participação na campanha
depende de uma decisão do TSE que só deve ocorrer em setembro. Até lá, ele pode
se apresentar como pré-candidato e recorrer a tribunais superiores para
garantir seu nome na disputa.
A saída
de Lula impulsionaria principalmente Marina e Ciro Gomes. Na comparação de
cenários com e sem a participação do ex-presidente, Marina passa de 8% para
13%, enquanto Ciro cresce de 6% para 10%.
PATINANDO
Outros
candidatos também crescem quando Lula está fora do páreo, mas de forma mais
tímida: tanto Geraldo Alckmin quanto Luciano Huck sobem de 6% para 8%.
No
cenário sem Lula, um dos possíveis candidatos do PT, o ex-governador baiano
Jaques Wagner, aparece com 2%. O percentual de eleitores que diz não saber em quem
votar ou que votaria em branco ou nulo sobe de 16% para 28% quando o
ex-presidente não é um dos candidatos.
Huck
reestreou na pesquisa empatado com Alckmin em todos os cenários.
O
apresentador da Rede Globo havia afirmado, em artigo publicado
em novembro na Folha, que não vai disputar a eleição, mas apareceu em
janeiro no "Domingão do Faustão" com um discurso político e continua
sendo cortejado por partidos para concorrer ao Planalto.
Favorito
para se candidatar à Presidência pelo PSDB, Alckmin patina em todos os cenários
do Datafolha. O tucano tem de 6% a 11% das intenções de voto.
No
segundo turno, o tucano seria derrotado por Lula e aparece tecnicamente empatado
em uma disputa com Ciro Gomes. Nesta segunda simulação, quase um terço dos
eleitores diz que votaria em branco ou nulo.
A
dificuldade enfrentada por Alckmin para subir nas pesquisas provocou
questionamentos dentro de seu próprio partido sobre a viabilidade de sua
candidatura.
Potencial
alternativa ao governador no PSDB, o prefeito paulistano João Doria também não
decolou: aparece com, no máximo, 5% das intenções de voto.
Fonte: www1.folha.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário